domingo, outubro 25, 2009
quarta-feira, outubro 21, 2009
Radicalismos 5
CONTRA AS CONVICÇÕES
terça-feira, outubro 20, 2009
Radicalismos 4
quarta-feira, outubro 14, 2009
Radicalismos 3
 As acusações contra o comunismo que são levantadas sobretudo a partir de pontos de vista religiosos, filosóficos e ideológicos, não merecem discussão pormenorizada. Será preciso uma inteligência profunda para compreender que com as relações de vida dos homens, com as suas ligações sociais, com a sua existência social, mudam também as suas representações, intuições e conceitos, numa palavra, muda também a sua consciência?
 As acusações contra o comunismo que são levantadas sobretudo a partir de pontos de vista religiosos, filosóficos e ideológicos, não merecem discussão pormenorizada. Será preciso uma inteligência profunda para compreender que com as relações de vida dos homens, com as suas ligações sociais, com a sua existência social, mudam também as suas representações, intuições e conceitos, numa palavra, muda também a sua consciência? Fala-se de ideias que revolucionaram uma sociedade inteira; com isto exprime-se apenas o facto de que no seio da velha sociedade se formaram os elementos de uma sociedade nova, de que a dissolução das velhas ideias acompanha a dissolução das velhas relações de vida.
(…)
“ Mas”, dirão, “ as ideias religiosas, morais, filosóficas, políticas, jurídicas, etc., modificaram-se certamente no decurso do desenvolvimento histórico. A religião, a moral, a filosofia, a política, o direito, mantiveram-se sempre nesta mudança.
“Além disso existem verdades eternas, como Liberdade, Justiça, etc., que são comuns a todos os estádios sociais. Mas o comunismo abole as verdades eternas, abole a religião e a moral em vez de as configurar de novo, contradiz, portanto, todos os desenvolvimentos históricos até aqui.”
A que se reduz esta acusação? A história de toda a sociedade até aqui moveu-se em oposições de classes, as quais nas diversas épocas foram diversamente configuradas.
Mas fosse qual fosse a forma assumida, a exploração de uma parte da sociedade pela outra é um facto comum a todos os séculos passados. Não é de admirar, por isso, que a consciência social de todos os séculos, a despeito de toda a multiplicidade e diversidade, se mova em certas formas comuns, em formas de consciência que só se dissolvem completamente com o desaparecimento total da oposição de classes.
A revolução comunista é a ruptura mais radical com as relações de propriedade legadas; não admira que, no curso do seu desenvolvimento, se rompa da maneira mais radical com as ideias legadas.
quarta-feira, outubro 07, 2009
Radicalismos 2
 Disseste que devemos à literatura praticamente tudo o que somos e o que temos sido. Se os livros desaparecessem, a história desapareceria, e os seres humanos também desapareceriam. Estou certa que tens razão. Os livros não são apenas a soma arbitrária dos nossos sonhos e da nossa memória. Dão-nos também o modelo da auto-transcendência. Alguns pensam ler apenas como uma forma de escape: um escape do mundo “real” de todos os dias, para um mundo imaginário, o mundo dos livros. Os livros são muito mais. São uma forma de ser completamente humano.
 Disseste que devemos à literatura praticamente tudo o que somos e o que temos sido. Se os livros desaparecessem, a história desapareceria, e os seres humanos também desapareceriam. Estou certa que tens razão. Os livros não são apenas a soma arbitrária dos nossos sonhos e da nossa memória. Dão-nos também o modelo da auto-transcendência. Alguns pensam ler apenas como uma forma de escape: um escape do mundo “real” de todos os dias, para um mundo imaginário, o mundo dos livros. Os livros são muito mais. São uma forma de ser completamente humano.Sinto ter de te dizer que os livros são hoje considerados como uma espécie em extinção. Por livros, entendo também as condições de leitura que tornam possível a literatura e os seus efeitos na alma. Em breve, dizem, acederemos a qualquer texto disponível nos "livros on-line" e será possível modificar a sua aparência, colocar-lhe questões, “interagir” com eles. Quando os livros se tornarem “textos” com os quais “interagimos” de acordo com um critério de utilidade, a palavra escrita tornar-se-á simplesmente um outro aspecto da nossa realidade televisiva orientada para a publicidade. Este o glorioso futuro que nos está ser criado e prometido, como algo mais “democrático”. Claro, isso não significa nada menos do que a morte do universo interior– e do livro.
terça-feira, outubro 06, 2009
Radicalismos
David Hume, Investigação sobre o Entendimento Humano, Ed.70, Lx, p.156
Que princípios serão esses que justificam a devastação? Sejam eles quais forem não serão suficientes para a justificar. Nenhum princípio parecerá suficientemente forte para justificar o acto, por si, terrível. Ficará contudo a impressão de que não são os livros que se querem queimar mas uma certa forma de os usar para confundir ou atemorizar, contribuindo desse modo para a ignorãncia colectiva. 
sábado, outubro 03, 2009
Informação recebida da Guerra e Paz EditoresA ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS
 «O mais influente livro de filosofia em língua inglesa da segunda metade do século XX.» (Richard Rorty)
«O mais influente livro de filosofia em língua inglesa da segunda metade do século XX.» (Richard Rorty)
«Um dos 100 livros mais influentes desde a Segunda Guerra Mundial.» (Times Literary Supplement)
«Por vezes aparece um livro cuja influência vai muito para além do público que visava... A Estrutura das Revoluções Científicas... é claramente um desses livros.» (Ron Johnston,Times Higher Education Supplement)
O livro: Considerado pelo New York Times um dos 100 livros mais influentes do século, A Estrutura das Revoluções Científicas chega esta semana às livrarias portuguesas.
Concebido originalmente como monografia da International Encyclopedia of Unified Science, A Estrutura das Revoluções Científicas acabaria publicado em livro pela editora da Universidade de Chicago em 1962. A obra colocava em causa a assunção generalizada de que toda a mudança científica passa por um processo estritamente racional, tese que influenciou não apenas cientistas das áreas naturais, mas também economistas, historiadores, sociólogos e filósofos,desencadeando um poderoso debate.
Comporta três conceitos fundamentais: paradigma – termo que aqui se popularizou –, ciência normal e revolução científica. O paradigmarepresenta um conjunto de teorias, regras e métodos comummente aceites pela comunidade científica. Cada paradigma tem subjacente uma
dada visão do mundo, correspondendo a mudança de paradigma a uma alteração radical dessa visão. A ciência normal traduz a circunstância em que o paradigma tem a sua vigência. Porém, durante esse período, podem surgir anomalias, que se revelam quando os esquemas explicativos dominantes já não se adequam à realidade. Surge, então, uma nova fase que se materializa numa revolução científica.
Trata-se de um clássico absoluto na história e filosofia da ciência que vendeu mais de um milhão de exemplares, tornando-se leitura obrigatória em cursos superiores das mais variadas áreas.
O autor: Físico norte-americano nascido em Cincinnati, Thomas Samuel Kuhn (1922 -1996) foi professor emérito de linguística e filosofia noMassachusetts Institute of Technology. Começou por estudar física em Harvard, mas cedo mudou o rumo da sua investigação ao dedicar-se à história e filosofia das ciências. Para além do seu trabalho mais celebrado, A Estrutura das Revoluções Científicas, a sua obra inclui A Tensão Essencial, A Teoria dos Corpos Negros e a DescontinuidadeQuântica, 1894 -1912 e A Revolução Copernicana.
JÁ NAS LIVRARIAS!!!
 

 
 
 
 
 
 
 
