Thomas Hoepker, Cinema, Nápoles, 1956
Não peçam aos vossos filhos
que aspirem a ter vidas extraordinárias.
Tal aspiração poderá parecer admirável,
mas é a via dos tolos.
Ajudem-nos, em vez disso, a descobrir o espanto
e a maravilha de uma vida banal.
Mostrem-lhes o gozo de saborear
tomates, maçãs e pêras.
Mostrem-lhes como chorar
aquando da morte de animais de estimação e pessoas.
Mostrem-lhes o prazer infinito
que há no toque de uma mão.
E façam com que, para eles, o banal se encha de vida.
O extraordinário encarregar-se-á de si mesmo.
William Martin, (1925/ 2010)
Tradução de Vasco Gato
Sem comentários:
Enviar um comentário