segunda-feira, abril 23, 2007

Rousseau, o solitário

Jean-Jacques Rousseau,Genebra, Suíça 1712

" Não posso deixar de verificar, em conclusão, uma oposição muito estranha entre nós no que respeita ao assunto desta carta. Recompensado com a glória, e desenganado, com ares presunçosos, viveis livre e despreocupadamente (...) No entanto, não encontrais senão mal no mundo. E eu, na obscuridade, pobre, só, atormentado por um sofrimento sem remédio, medito com prazer no meu retiro e descubro que tudo está bem. De onde vêm estas contradições aparentes? Vós o haveis explicado - enchei-vos de júbilo, e eu de esperança, e a esperança embeleza o mundo. "
in , Carta a Voltaire ,18 Agosto de 1756

Duas notas, ou dúvidas:

Primeira: porque é que o nome de um determinado autor dá um poder especial ao texto, independentemente do que é dito? Se fosse escrito por um anónimo este texto não teria honra de citação e reflexão.

Será uma questão de autoridade consentida? Uma questão de facilidade de encontrar e ler determinados autores que a tradição permitiu que fossem publicados?

Segundo: Interessará saber de que padece Rousseau para validar a sua argumentação?



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