" Não há livros morais nem imorais. Os livros são bem ou mal escritos. Nada mais (...) A vida moral do Homem faz parte do assunto do artista, mas a moralidade da arte consiste no uso perfeito de um meio imperfeito.
Nenhum artista tem simpatias éticas. Uma simpatia ética num artista é um imperdoável maneirismo de estilo (...) o vício e a virtude são para o artista materiais de arte. Pode-se perdoar a um homem fazer uma coisa útil, enquanto ele a não admira. A única desculpa que merece quem faz uma coisa inútil é admirá-la intensamente.
Toda a arte é absolutamente inútil."
Oscar Wilde, prólogo do Retrato de Dorian Gray
" A obra literária tem necessariamente de exercer uma acção no espírito de quem a lê. Mas se essa acção é imoral, destruirá fatalmente a emoção estética. Portanto, uma obra imoral, na medida em que for, deixaraá de ser artística."
Paulo Durão Alves, Arte e Moral, Brotéria, 1927
Paulo Durão Alves, Arte e Moral, Brotéria, 1927
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