quinta-feira, outubro 30, 2008

Educação: o respeito e a falta dele.

A falta de respeito na nossa sociedade tem uma causa simples: o respeito já não é ensinado. As crianças são encorajadas a pensar que estão em pé de igualdade com os seus pais, professores ou outras autoridades. Não são ensinadas a dirigir-se aos adultos correctamente ou a ter deferência pela sua opinião. A insolência raramente é punida e não é claramente conferido à insolência o estigma que ela merece. O parque infantil sem respeito conduz à comunidade adulta sem respeito. Isso vê-se especialmente na [televisão], onde os noticiários, os debates ou entrevistas são conduzidas sem deferência pelo conhecimento, cultura ou estatuto social das pessoas que neles intervêm. O objectivo de entrevistar uma figura pública não é o de obter instrução, mas o de a apanhar em falso; o propósito de discutir qualquer questão difícil não é o de resolvê-la, mas o de gerar uma interlocução acesa. Notas pessoais ou argumentos ad hominem são perfeitamente permissíveis e os títulos que conduzem normalmente ao respeito, como o conhecimento, competência e cargos importantes, são deliberadamente rebaixados a fim de os tornar risíveis.
Roger Scruton, http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/4589586.stm. Tradução Carlos Marques.

26 comentários:

MassaMansa disse...

"Gostava de um dia ser tão famoso, tão popular, tão aclamado, que me fosse permitido bufar-me em sociedade, e a sociedade considera-lo um facto natural."

Honoré de Balzac

Anónimo disse...

Apoio totalmente este texto, sendo que o problema nele tratado é um dos maiores males desta sociedade; o da falta de respeito e o da falta de ensino dele.
E o que proporciona isso é a não percepção deo lugar de certas pessoas na sociedade. E o que quero dizer é que muitas das vezes o direito de igualdade é confundido, porque um professor não é igual a mim, sendo que eu sou apenas um aluno e não tirei curso nenhum nem vivi tanto tempo, logo não tenho tantos direitos nem deveres quanto o professor e essa é uma das mensagens que são mal transmitidas às crianças sendo que lhes dizem que têm todos os direitos para reclamarem.
O Ensino tem que ser melhorado e não é só na escola, é Principalmente em Casa

MassaMansa disse...

Foucault dizia que Saber e Poder se encontram tão intrinsecamente ligados que se transformam em Saber/Poder, são as duas faces da mesma moeda. O problema da Escola actual é que o Saber deixou de estar única e exclusivamente do lado dos Professores e os Alunos a maior parte das vezes dominam saberes em que os professores são uns autênticos ignorantes. Então dá-se uma luta pelo Poder. E como é que os Professores reagem? Como bons Sofistas, desviam a atenção do problema e chamam-lhes "mal-educados"!

Helena Serrão disse...

Caros massamansa,
Infelizmente a escola perdeu de vista a hierarquia natural que por definição existe: o professor é aquele que sabe (da sua matéria e não de todas as matérias!) e o aluno aquele que não sabe. É graças a isso que há transmissão de saber -há alguém que não sabe algo que deseja aprender e há alguém que sabe e pode ensinar. Esquecer isto é esquecer o propósito essencial da escola. Isto não é menosprezar o lugar do aluno. Já fui aluno e continuo por vezes a sê-lo e não sinto nenhum problema quando assumo a posição de alguém que não sabe e quer aprender. Se não reconhecer a minha ignorância, como posso aprender?
O professor não tem de lutar por poder nenhum. O seu estatuto, bem como o do aluno, são definidos pela instituição. A escola atribui a competência para ensinar uma certa matéria a certas pessoas em função da sua formação prévia e dá a outras pessoas a oportunidade para aprender certas matérias. Se elas não desempenham bem a sua função é outra história...
Gostaria, por fim, de pedir o seguinte favor ao amigo massamansa: procure não fazer generalizações a propósito dos professores (ou em relação a outras coisas). Fazer generalizações, do género "Todos os professores são 'sofistas'", revela quase sempre falta de cuidado intelectual. O amigo massamansa conhece todos os professores (ou boa parte deles) para se atrever a fazer juízos universais sobre eles?
Por outro lado, pedia-lhe por favor que os seus comentários se centrassem nos textos e no seu conteúdo. O propósito do blogue passa por divulgar textos que nos possam fazer pensar de um modo coerente, aprofundado e rigoroso, sobre problemas interessantes.
O blogue não tem um carácter panfletário, nem pretende ser um confessionário ou um divã de psicanalista.
Carlos Marques

MassaMansa disse...

Visto que não conseguiu resumir a sua linha de pensamento filosófico, revelando ser um verdadeiro sofista, vou ser breve: Deus nos livre de Padres ou Psiquiatras como o senhor. Já nos basta que seja professor de filosofia.

Ou como diria Walter Lippmann, "onde todos pensam igual, ninguém pensa muito"!

Anónimo disse...

Senhor professor Carlos Marques, o insulto como forma de argumentação não é um bom exemplo para os alunos.

Anónimo disse...

O respeito não se está a perder... o mundo é que se está a alterar, a evoluir. Quem consegue definir verdadeiramente "respeito"?
Infelizmente hoje em dia, o mundo não passa de um local de luta e de sobrevivência onde os mais fortes sobem e os mais fracos descem. Os mais fracos apenas são felizes se tiverem em conta outros valores interiores como o Amor, a familia e afins. Porque hoje em dia, não ganha quem tem isto. Ganha quem tem poder..
Isto porque, a Igualdade tende a desaparecer. O ser humano nunca foi um ser amigável. Aliás o uso da sua inteligência comprova esse facto. O ser humano procura apenas ser mais e melhor, não olhando a meios para atingir os fins.
Agora o respeito não se pode dizer que se está a perder.. Não!!!
Se alguma vez houve respeito não sei, mas não se pode culpar a juventude de hoje em dia por falta dele. O respeito não é só pelos mais velhos. Ajudar as idosas a atravessar a estrada, a falar educadamente com os mais sábios, não... O respeito é pôrmo-nos em igualdade perante todos os outros e tratá-los como nos tratariamos a nós. Qe infelizemente o ser humano não consegue.

Anónimo disse...

massamansa por favor não vale apena generalizar... Nem todos os professores são assim. Terá você a consciência assim tão tranquila para afirmar tais factos. Acusa você o blogue de passar textos de outros autores.. Você não acaba agora de usar uma argumentação não sua também?
Sinceramente não culpo em nada os Professores pela falta de respeito. Os professores existem como um suporte fisico para o adolescente se desenvolver e se tornar "maduro" em termos de raciocinio e aprendizagem, para enfrentar um futuro melhor. E de certa forma a interacção professor-aluno ajuda em muito para uma exprieencia de vida saudavel e valiosa. Agora criticar "todos" os professores Não por favor..
Porque tal como noutras profissões nem tudo é santo, e é obvio que há professores maus , mas muitos deles são bons. E é isso que você não vê. Ser bom/mau reflecte-se na forma como o aluno compreende o professor e aprende (não só as aborrecidas matérias, mas também a viver) e ai você bem pode queixar-se pelos vistos.. Não estou a criticá-lo de forma alguma. Peço que especifique e argumente de forma razoável e justa com factos!

Helena Serrão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Helena Serrão disse...

Caros comentadores
Em primeiro lugar, dirijo-me ao caro massamansa. Peço-lhe mais uma vez, encarecidamente, que procure essencialmente comentar os textos ou discutir os comentários em torno deles.
Em segundo lugar, dirijo-me à senhora Palmira Bastos para lhe dizer que não me parece que a minha intervenção (que a indignou) contenha algum insulto. Se assim puder ser entendido peço desculpa. Não era essa a minha intenção. O que pretendia dizer é que o espaço deste blogue, sendo um espaço livre, tem, não obstante, propósitos claros. Trata-se de um blogue dedicado à filosofia (em particular, à filosofia no secundário) e não de um espaço para desabafar as nossas iras ou antipatias.
Em terceiro lugar, e por fim, dirijo-me ao caro pseudo-physis. A ausência de respeito existe precisamente num mundo que não não passa de um local de luta pela sobrevivência. Julgo que o nosso mundo ainda não chegou a esse ponto, mas...
Respeito significa reconhecer que temos deveres para com o outro; respeito pela autoridade significa reconhecer que outro está numa posição que legitimamente lhe confere um ascendente sobre mim. Fazemos isso frequentemente. Por exemplo, se estamos doentes delegamos em pessoas que sabem mais do que nós de processos terapêuticos (tipicamente, os médicos); se não sei uma língua e quero aprendê-la, preciso de reconhecer que há certas pessoas que estão em condições de ensiná-la (tipicamente, os professores de línguas).
A igual dignidade que deve ser reconhecida a cada ser humano não é incompatível com hierarquias, desde que estas sejam 'naturais', ou seja, desde que aqueles que assumem ascendente possuam uma qualidade de reconhecido mérito em maior grau que os outros. Imagine que duas pessoas caem de avião no meio de uma selva. Uma delas sabe orientar-se e sabe que caminho seguir, a outra não. Não é natural que a que não sabe orientar-se siga naturalmente a que sabe e não o oposto? É claro que sim. Eis uma hierarquia natural. Isso significa que a pessoa que não sabe orientar-se se torna, enquanto pessoa, inferior à outra? É óbvio que não. Não reconhecer a autoridade de outro quando ela é evidente, por orgulho ou por outra razão do mesmo género, não costuma ser uma escolha inteligente.
Carlos Marques

MassaMansa disse...

Caro Pseudo-Physis

O casaco da verdade está muitas vezes forrado de mentiras. Gosto de situações claras, transparentes, inequívocas e o que se passa é tudo menos isso. Há problemas na Escola que têm de ser enfrentados, não podem andar a fugir deles. O que não é justo, o que não é honesto, é andarem a enganar-vos. No ano passado àqueles que nada fizeram deram-lhes 3 valores na nota final, a vocês que deram o máximo, e que são o exemplo do respeito, desprezaram-vos. Mas perante tal falta de respeito vocês mantiveram a compostura. São um exemplo para toda a Escola! "Valores" destes não se compram, ou se têm ou não se têm! Mas no fim a Escola premiou quem? Os que não "olharam a meios para atingirem os fins".


"A ausência de respeito existe precisamente num mundo que não passa de um local de luta pela sobrevivência" - Carlos Marques

"Peço-lhe mais uma vez, encarecidamente, que procure essencialmente comentar os textos ou discutir os comentários em torno deles".

Caro Carlos, é precisamente isto o que temos estado a fazer. Os alunos têm vindo cá, filosofa-se!

"A filosofia é subversiva por natureza (...). Confunde-se muitas vezes a filosofia com discursos pretensamente inspiradores".

Desidério Murcho

Um abraço deste vosso amigo Professor Pangloss da Luís de Freitas Branco, que vai continuar a andar por cá. O machado não há-de cortar a raiz ao pensamento!

MassaMansa disse...

Na Escola existe outro tipo de violência de que não se fala. É uma violência emocional, metódica, fria, de uma impiedade perversa, dentro da mais hipócrita das composturas, que é exercida por alguns professores contra os alunos.

Tomás Rogeiro Brochado de Miranda disse...

O Grito do Miranda

http://bafobafo.blogspot.com

Anónimo disse...

Como é que querem que haja educação, se aqueles que nada fazem são premiados com mais 3 valores e os que trabalham, se esforçam nas aulas, participam activamente e positivamente, no fim nem mais 0,1 valores têm!
Fica apenas a vontade de se insurgir contra a máfia instalada e revoltada nas escolas portuguesas!!

Anónimo disse...

"E o que quero dizer é que muitas das vezes o direito de igualdade é confundido, porque um professor não é igual a mim, sendo que eu sou apenas um aluno e não tirei curso nenhum nem vivi tanto tempo, logo não tenho tantos direitos nem deveres quanto o professor"

Sr Afonso Carrêlo está errado, pois nao é devido um maior respeito a um professor do que a uma auxiliar de educação!
Ou seja não por se ter um canudo que merecemos um respeito maior, tenha atençao a isso! Apenas o fazemos, pois o auxiliar de educação para nada serve, isto é, nao nos vai avaliar, a sua opinião é irrelevante, o que diz entra a 100 e bate a 200...mas o que o "Evoluido intelectualmente" professor diz é importante e fá-lo merecer mais atençao e respeito deve se ao facto que no fim, ele ou ela nos vão avaliar, ou seja, isto é um mundo de Interesses e Hipocrisias! Como diria Platão, no Anel de Giges, se as pessoas fossem invisiveis apenas agiriam conforme o interesse...nao por caridade! Por isso, aprenda...Tanto se respeita o 'intelectual' professor como a analfabeta senhora das limpezas!!!

Anónimo disse...

Roger Scruton deve ser daquele tipo de pessoas que apoia a educação de há 50 anos atrás, ou seja, aquela em que se ensina algo com uma vara na mão e com uma régua na outra...Parece me um tanto ou quanto REACCIONÁRIO, postarem coisas de pessoas assim...

Morte à REACÇÃO!

Helena Serrão disse...

Caro jcd
Em que baseia as suas afirmações?
Seria interessante que fundamentasse o que diz. Acha que a autoridade nunca se justifica? Faça o favor de ler outra vez atentamente o texto de Scruton e também o outro texto sobre a questão da autoridade hoje postado e diga-me depois alguma coisa.
Carlos Marques

Anónimo disse...

"Foucault dizia que Saber e Poder se encontram tão intrinsecamente ligados que se transformam em Saber/Poder, são as duas faces da mesma moeda. O problema da Escola actual é que o Saber deixou de estar única e exclusivamente do lado dos Professores e os Alunos a maior parte das vezes dominam saberes em que os professores são uns autênticos ignorantes. Então dá-se uma luta pelo Poder. E como é que os Professores reagem? Como bons Sofistas, desviam a atenção do problema e chamam-lhes "mal-educados"!"

Senhor massamansa
tem toda a razao em dizer que quando alguem tem razao, isto na educação, muitos dos professores nao aprovem essa razão; sendo isso para manter a ordem numa sala de aula sendo isso equibvalente a certos sistemas politicos sendo que quando alguem tem razão é silenciado. Mas numa sala de aula os alunos estão lá para ouvirem e só responderem às perguntas de um professor (às vezes não é assim (sendo que nas aulas de filosofia podemos comentar e opinar sobre a filosfia)). Por mais que eu ache que na escola se deve dar conhecimento e obrigar a PENSAR, é nos obrigado a decorar, a marrar, a expelir matéria num teste e a devorá-lo, TODOS OS DIAS, enquanto estudamos. Não culpo os professores, NÃO, pois eles não têm culpa, mas sim toda a gente, pois todos se limitam a calar, pois daqui uns anos teram muito mais com que se preocupar.
É algo bastante preocupante, e pior é que depois se diz que as crianças estão obesas, a explicação é: estão demasiado nervosas ( pois é a vida deles que está em risco(e isto é dito deste que entraram no 1º ano de escolaridade)), quando chegam a casa como estam demasiado cansadas não só fisicamente como psicologicamente pois é um dia inteiro de assimilação de matéria, logo decidem ficar a ver televisão a jogar jogos e outras prácticas decdentes pois relaxam o cérebro e não exigem tanto esforço cerebral,sendo assim quase toda a sua existência em criança baseia-se em estudar comer, sentar e deitar, pois hoje me dia não é como nos dias de antigamente em que não havia nada destas tecnologias sendo que uma criança ia brincar na rua com os amigos, a seguir à escola, tendo mais exercicio fisico e mais interactividade com os outros.
A escola Luis Freitas Branco até agora foi a escola onde tive o melhor horário e todo o grupo da escola está de parabens por ter conseguido essa proeza. No ano passado tinha dias em que saia às 6:35, e entrava às 8h o que é um abuso enorme.
Gostava de demonstrar o caminho que a civilização actual está a tomar, pois caso não reparam à um grande desnvolvimento económico mas as pessoasd mantêm-se iguais às de 4 milénios atrás, sendo que quero sublinhar que Todas cairam e o que existe são apenas os resquícios delas. Um exemplo, é o dos romanos em que foram o maior Império da Antiguidade e que conseguiram dominar todo o mundo conhecido por eles (+/-), e que o que nos separa deles são a electricidade e pouco mais, pois até os sistemas politicos eram semelhantes, e eles cairam, tornando-se em vários paises dispersos pela Europa, perderam identidade.
O que nos manterá unidos é a nossa identidade e eu falo das civilizações, mas não falo do Mundo , falo principalmente de Portugal. Estamos a perder a identidade, e não é através da raça nem das escolhas sexuais, nem da riqueza, mas sim pela forma de se honrar o país e de se conhecer esse país, a sua história, as suas pessoas e uqe fazr para o melhorar.
E onde aprender isso tudo? Esses valores pelos quais nos saõ substituidos pela arrogancia e pela avareza.
Nada melhor do que na Escola, onde todos os dias os alunos se deviam por em pé com mão no coração enquanto entoavam o Hino Nacional, onde em Português, em vez de estarem a descobrir metáforas em textos de várias personalidades, também deveriam estudar a história de Portugal e de muitos dos nossos heróis, entre eles reis e poetas.
E nisto que a nossa Educação perde a sua função de ensinar a ser Português e nos demonstra a nossa Identidade.

Anónimo disse...

"Foucault dizia que Saber e Poder se encontram tão intrinsecamente ligados que se transformam em Saber/Poder, são as duas faces da mesma moeda. O problema da Escola actual é que o Saber deixou de estar única e exclusivamente do lado dos Professores e os Alunos a maior parte das vezes dominam saberes em que os professores são uns autênticos ignorantes. Então dá-se uma luta pelo Poder. E como é que os Professores reagem? Como bons Sofistas, desviam a atenção do problema e chamam-lhes "mal-educados"!"

Senhor massamansa
tem toda a razao em dizer que quando alguem tem razao, isto na educação, muitos dos professores nao aprovem essa razão; sendo isso para manter a ordem numa sala de aula sendo isso equibvalente a certos sistemas politicos sendo que quando alguem tem razão é silenciado. Mas numa sala de aula os alunos estão lá para ouvirem e só responderem às perguntas de um professor (às vezes não é assim (sendo que nas aulas de filosofia podemos comentar e opinar sobre a filosfia)). Por mais que eu ache que na escola se deve dar conhecimento e obrigar a PENSAR, é nos obrigado a decorar, a marrar, a expelir matéria num teste e a devorá-lo, TODOS OS DIAS, enquanto estudamos. Não culpo os professores, NÃO, pois eles não têm culpa, mas sim toda a gente, pois todos se limitam a calar, pois daqui uns anos teram muito mais com que se preocupar.
É algo bastante preocupante, e pior é que depois se diz que as crianças estão obesas, a explicação é: estão demasiado nervosas ( pois é a vida deles que está em risco(e isto é dito deste que entraram no 1º ano de escolaridade)), quando chegam a casa como estam demasiado cansadas não só fisicamente como psicologicamente pois é um dia inteiro de assimilação de matéria, logo decidem ficar a ver televisão a jogar jogos e outras prácticas decdentes pois relaxam o cérebro e não exigem tanto esforço cerebral,sendo assim quase toda a sua existência em criança baseia-se em estudar comer, sentar e deitar, pois hoje me dia não é como nos dias de antigamente em que não havia nada destas tecnologias sendo que uma criança ia brincar na rua com os amigos, a seguir à escola, tendo mais exercicio fisico e mais interactividade com os outros.
A escola Luis Freitas Branco até agora foi a escola onde tive o melhor horário e todo o grupo da escola está de parabens por ter conseguido essa proeza. No ano passado tinha dias em que saia às 6:35, e entrava às 8h o que é um abuso enorme.
Gostava de demonstrar o caminho que a civilização actual está a tomar, pois caso não reparam à um grande desnvolvimento económico mas as pessoasd mantêm-se iguais às de 4 milénios atrás, sendo que quero sublinhar que Todas cairam e o que existe são apenas os resquícios delas. Um exemplo, é o dos romanos em que foram o maior Império da Antiguidade e que conseguiram dominar todo o mundo conhecido por eles (+/-), e que o que nos separa deles são a electricidade e pouco mais, pois até os sistemas politicos eram semelhantes, e eles cairam, tornando-se em vários paises dispersos pela Europa, perderam identidade.
O que nos manterá unidos é a nossa identidade e eu falo das civilizações, mas não falo do Mundo , falo principalmente de Portugal. Estamos a perder a identidade, e não é através da raça nem das escolhas sexuais, nem da riqueza, mas sim pela forma de se honrar o país e de se conhecer esse país, a sua história, as suas pessoas e uqe fazr para o melhorar.
E onde aprender isso tudo? Esses valores pelos quais nos saõ substituidos pela arrogancia e pela avareza.
Nada melhor do que na Escola, onde todos os dias os alunos se deviam por em pé com mão no coração enquanto entoavam o Hino Nacional, onde em Português, em vez de estarem a descobrir metáforas em textos de várias personalidades, também deveriam estudar a história de Portugal e de muitos dos nossos heróis, entre eles reis e poetas.
E nisto que a nossa Educação perde a sua função de ensinar a ser Português e nos demonstra a nossa Identidade.

Anónimo disse...

A JCP e Pseudo-Physis
Peço desculpa mas vou ter de discordar de vocês
O respeito está-se a perder, e nós sabemos só não sabemos é onde.
É nos subúrbios, é em casa é na escola, não é no meio da rua (ás vezes é).
A definição de respeito é indefinida, mas toda a gente sabe o que é respeitar, dar espaço e naõ invadir a liberdade do outro , quando um aluno invade a liberdade de um professor, impedindo-o de dar a aula é uma falta de respeito.
Mas maior ainda´são as faltas de respeito feitas pelo estado no qual deveriam de estar a ajudar o povo enquanto o roubam, e o cobrem de mentiras isso é uma falta de respeito sendo que assim espero demonstrar que o mundo está cheio de faltas de respeito, sendo que sempre houve a falta dele.

Anónimo disse...

E não um professor não merece mais respeito do que uma empregada mas isso tambem depende da relação na qual estamos a ter, numa relação entre professor-aluno o aluno tem que respeitar o professor sendo ele o professor, com uma empregada essa relação é inexistente, logo eu afirmo que há diferentes tipos de respeito

Anónimo disse...

Caro Afonso, será que sabemos o que é respeito?
Será que alguma vez o ser humano o soube? Não se vá confundir respeito com lealdade, com amizade ou com outro sentimento qualquer.
Por mim, o respeito nunca existiu, tendo o exemplo dos escravos ao longo destes milhares de anos. Porque se tem de haver respeito, por favor que seja para todos e não para alguns.
E não, nunca houve respeito para todos. Por isso é impensável dizer que o respeito está a perder-se ou a ganhar-se.
E também discordo quando afirma que há vários tipos de respeito. Por amor de deus. Não se deve respeitar uma empregada como se respeita um professor?
Porque não? Não são duas pessoas? Dois seres que pensam? Dois seres que sentem? Ou será só as suas escolhas que nos vão dizer como e o quanto os havemos de respeitar?
Nada disso. Se há respeito, penso que só pelo mais expriente em termos de vida. Não em termos de trabalho.
Quanto ao respeito "global", presumo que seja impossível haver totalidade de respeito. Impossível enquanto houver racismo, entre outras "doenças"..

Anónimo disse...

Pseudo-Physis, tem toda a razão e apoio-a.
Mas à formas de falar com as pessoas e como sabe todos os alunos falam de uma forma para uma empregado e de outra para um professor e isso é um facto, porque um aluno fala com mais respeito para um professor do que para uma empregada, e ninguém reclama.
E porquê? Porque é assim que q sociedade está. As empregadas não impõem mais respeito logo não o recebem (não estou a generalizar, estou sou a dar um exemplo), sendo um dos problemas, pois se um professor não impoem respeito não o merece. Esse é um dos problemas da educação, pois ninguém impoem respeito, ninguém deixa que se seja imposto respeito, ninguém respeita.
É verddade que continuo a desconhecer a definição de respeito, mas sei os seus limites e sei que passam pela confiança que se tem com as pessoas , pois quanta mais confiança mas um individuo se sente com mais à vontade para falatar ao respeito e isso vê-se nos jovens que quando entram numa sala de aula pela primeira vez nunca falam nem fazem nada de errado (às vezes, mas quando se sentem mais confiantes e quando têm mais confiança em relação a um professor (não é terem mais confiança com o professor, pois isso seria o oposto, pelo menos no geral), então irão realizar mais traquinices.
Mas, pois claro que este assunto é muito subjectivo (basicamente na definição de respeito), e concordo perfeitamente com a sua posição de que nunca existiu respeito pelos outros, mas no pouco que havia muito menos há.

Helena Serrão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Helena Serrão disse...
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Helena Serrão disse...

caros comentadores

Gostaria de chamar a atenção para um separar de águas que nenhum aprendiz de filósofo pode perder de vista. Refiro-me à distinção entre questões de facto e questões normativas.
Quando se diz que o respeito nunca existiu ou que existe ou não existe estamos a dar conta de factos. Outra coisa é tentar perceber se deve ou não haver respeito, se o respeito é algo que devemos prezar.
Ora, esta questão é totalmente independente da primeira. O facto de uma coisa nunca ter existido nada diz acerca de saber se deve existir ou não. Palavras quanto ao ser ou não ser não têm qualquer impacte num discurso sobre o dever ou não deve ser. Em suma, a constatação de que o respeito não é universal não nos leva longe se queremos discutir o respeito enquanto valor.
carlos marques