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Na "A Crítica da Razão Pura" Immanuel Kant aborda alguns aspectos do conhecimento e distingue-os, ainda que esta distinção seja feita "mediante uma longa prática que nos habilite a separar esses dois elementos." e os elementos do conhecimento a que Kant se refere são o "a priori" e "a posteriori".
Assim inicia Kant, "No tempo, nenhum conhecimento precede a experiência, todos começam por ela." Demonstrando que todo conhecimento se inicia com a experiência, porém não é porque se iniciou com a experiência que dela deve depender, pois "Consideraremos, portanto, conhecimento “a priori”, todo aquele que seja adquirido independentemente de qualquer experiência. A ele se opõem os empíricos, isto é, áqueles que só o são “a posteriori”, quer dizer, por meio da experiência." Desta forma, o conhecimento "a priori" mesmo tendo origem na experiência, não é dependente dela, Kant aborda o assunto dizendo que "[...] daqui por diante, [...] conhecimento “a priori”, são todos aqueles que são absolutamente independentes da experiência; eles são opostos aos empíricos, isto é, àqueles que só são possíveis mediante a experiência."
Desta forma o conhecimento "a priori" faz parte da razão pura, e é universal e necessário, como por exemplo: "O triângulo possui três lados." Esta frase faz-nos entender que em qualquer lugar do universo e em qualquer circunstâncias o triângulo possui três lados, assim como: "Todo solteiro é não casado"; "todo corpo possui massa", ou seja, são casos universais e necessários, sendo o que são em qualquer lugar.
Já o conhecimento "a posteriori" é contingente (pode ou não pode ser), pois depende do fenómeno empírico para ser o que é, dependente da experiência e dela originado, enquanto o conhecimento "a priori" é originado na experiência, mas não dependente dela.
A separação entre estes dois conhecimentos, um "a priori" (originado na experiência, mas não dependente dela) e um "a posteriori" (que é a própria experiência agindo). "Surge desse modo uma questão que não se pode resolver à primeira vista: será possível um conhecimento independente da experiência e das impressões dos sentidos?"
Lembrando que os conhecimentos "a priori" e "a posteriori" servem apenas para conhecimento das coisas que estão no âmbito da física e não metafísica, e ainda que não possamos conhecer as coisas como são em si, mas apenas como aparecem para nós.
Fonte: KANT, Immanuel. A Crítica da Razão Pura. Introdução.
O artigo pode ser consultado AQUI
2 comentários:
Kant estava errado ao considerar os conhecimento da matematica como sendo a priori. Ele depende tanto da experiencia como da razão pura. Por exemplo, a noção de contar só é possivel com a experiência o simbolo 3 não significa nada se eu não sei previamente que representa três objetos. A abstração nesse caso, só surge quando temos que lidar com uma grandd quantidade de elementos, não podemos intuir qual é a maior quantidade entre dois montes de grãos. Para isdo precessamos abstrair, usar a razão.
Boa observação, Bruno. De todo modo, Kant era genial.
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