De acordo com Karl Popper, qualquer teoria científica genuína será falsificável. Quer dizer, haverá uma possível observação que poderia falsificá-la. Na opinião de Popper, uma posição verdadeiramente científica faz uma afirmação positiva acerca de como o mundo funcionará. Corre o risco de ser falsa – o mundo pode não funcionar como a teoria diz. As posições não falsificáveis não permitem fazer este tipo de afirmações, pois são compatíveis com qualquer modo de funcionamento do mundo. Por isso, carecem de qualquer conteúdo empírico. Por exemplo, dizer que “As esmeraldas são verdes ou não são verdes.” é uma afirmação não falsificável – seja o que for que observemos será compatível com a sua verdade. Portanto, não é genuinamente científica. Popper sugere que esta é a maneira de distinguir entre as teorias que são genuinamente científicas e aquelas que são apenas pseudo-científicas. As teorias genuinamente científicas são falsificáveis. Teorias que dizem ser científicas mas não falsificáveis são falsa ciência. De acordo com Popper, nem a teoria da história de Marx, nem a teoria do inconsciente de Freud, podem ser sujeitas ao teste da falsificabilidade. Popper argumenta que qualquer que seja a contra-evidência que possamos recolher contra as teorias de Marx ou de Freud, há sempre uma maneira de a teoria se acomodar a essa contra-evidência. Segundo Popper, estas teorias não são más teorias científicas. Em vez disso, elas não são sequer teorias científicas.
Stephen Law, Philosophy (2007).
Tradução de Carlos Marques
Tradução de Carlos Marques
2 comentários:
Excelente resumo
Boa expilicação.
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