quarta-feira, junho 30, 2010







A Guerra & Paz lança esta semana a Breve História da Filosofia Moderna, de Roger Scruton (tradução de Carlos Marques), 1.º volume da «Saber & Educação». Esta colecção de livros de bolso (11x19) é direccionada para as escolas e universidades, abrange várias áreas do saber, e pretende ser também acessível ao grande público.
Ainda em 2010, a colecção integrará: Animal Racional ou Bípede Implume, de António Zilhão (Setembro), História de Portugal e do Império Português, de A. R. Disney / Cambridge (Outubro), e Guia de Filosofia para Pessoas Inteligentes, de Roger Scruton (Novembro).
A «Saber & Educação» reúne autores portugueses e estrangeiros e, a partir de 2011, passará a contar com 6 títulos por ano.

«Dificilmente alguém podia fazer uma Breve História da Filosofia Moderna melhor que Scruton.»
GORDON GRAHAM, Professor da Universidade de Princeton


domingo, junho 27, 2010

sugestões para a educação dos jovens.


O Absinto, 1876, Paris, Edgar Degas

"...ligamo-nos aos nossos semelhantes menos pelo reconhecimento dos seus prazeres que pelo reconhecimento das suas penas; pois vemos melhor, por aí, a identidade da nossa natureza e a garantia da sua ligação connosco. Se as nossas comuns necessidades nos unem pelo interesse, as nossas misérias comuns unem-nos pela afeição.O aspecto de um homem feliz inspira aos outros menos amor que inveja; acusá-lo-emos de usurpar um dreito que não tem ao tomar para si a exclusividade da felicidade; e o amor-próprio sofre ainda porque nos faz sentir que não precisa de nós para nada. Mas quem é que não se compadece do infeliz que vê sofrer? Quem não desejaria libertá-lo dos seus males se o custo não fosse demasiado alto? A imaginação coloca-nos melhor no lugar do miserável do que no do homem feliz. A piedade é doce, porque ao colocarmo-nos no lugar daquele que sofre experimentamos o prazer de não sentir como ele. A Inveja,é amarga na medida em que o aspecto do homem feliz, longe de suscitar ao invejoso colocar-se no seu lugar, dá-lhe, pelo contrário,o remorso de não o poder fazer.Parece que um nos isenta dos males que sofre e o outro nos afasta dos bens que usufrui.
Se quereis excitar e alimentar no coração de um homem jovem os primeiros movimentos da sensibilidade , e formar o seu carácter para o bem agir e a bondade; não tenteis fazer germinar nele o orgulho, a vaidade, a inveja, através da imagem enganadora da felicidade dos homens; não exponhais logo aos seus olhos a pompa da corte, o fausto dos palácios, a atracção dos espectáculos; não o passeies pelos circuitos, nas brilhantes asembleias, não lhe mostreis o exterior da grande sociedade que depois poderá vir a  apreciar em si mesma. Mostrar-lhe o mundo antes que conheça os homens, não é formá-lo, é corrompê-lo; não é instruí-lo, é enganá-lo.
Os homens não são naturalmente nem reis, nem grandes, nem cortesãos, nem ricos; todos nascem nus e pobres, todos sujeitos às misérias da vida, aos desgostos, aos males, às necessidades, às dores de toda a espécie; enfim, todos estão condenados à morte. Aqui está o que é verdadeiramente o homem; aqui está aquilo a que nenhum mortal pode escapar. Comecem então por estudar a natureza humana, no que lhe é inseparável, no que constitui o melhor da humanidade."

Jean Jacqes Rousseau, L' Émile, Flammarion,1966, Paris, p. 287
Tradução de Helena Serrão

quinta-feira, junho 24, 2010










Título: Deus Existe
Autor: Antony Flew
Tradução: Carlos Marques
Edição: ALETHEIA Junho de 2010


O livro Deus Existe de Antony Flew (19232010) é um registo fascinante de como o ateu mais reputado foi levado à convicção de que Deus existe. A narrativa é um testemunho eloquente da abertura de espírito, justeza e integridade intelectuais de Flew.

«Tendo sido um reputado ateu com base na razão, (Flew) agora defende que, precisamente com base na razão, foi levado a concluir que Deus existe.»
João Carlos Espada, jornal i

«O seu ateísmo tornarase lendário – Theology and Falsification, de 1955, foi, segundo alguns, o artigo filosófico mais lido da segunda parte do século XX. Por isso, a sua conversão, em 2004, foi tão polémica. O livro que a explica (Deus Existe), foibestsell er e semeou um debate filosófico intenso. Flew, que tinha sido mais sensível aos argumentos científicos do que aos metafísicos, baseou a sua mudança nas descobertas recentes da cosmologia e da física.»
Nuno Crato, Expresso

«Filósofo britânico pertencente às escolas de pensamento analíticas e evidencialistas, evoluiude ateísta para deísta: existe um Deus que criou o universo, mas que não intervém nele.»
José Cutileiro, Expresso

sábado, junho 12, 2010

ATELIER DE ESCRITA CRIATIVA E ILUSTRAÇÃO


DIA 17 DE JUNHO - QUINTA-FEIRA - ÀS

14.30 NA SALA B.16

VEM ESCREVER E ILUSTRAR HISTÓRIAS CONNOSCO.


INSCREVE-TE NA PAPELARIA DA ESCOLA

TRAZ A TUA CRIATIVIDADE

domingo, junho 06, 2010


Aceitemos, portanto, a realidade física, quer à maneira sã do homem da rua quer com um ou outro grau de sofisticação científica. Fazendo assim constituimo-nos recipientes e portadores do saber dos tempos. Depois, desenvolvendo em detalhe a nossa assim aceite teoria da realidade física, tiramos conclusões a respeito, em particular, do nosso eu físico, e até a respeito de nós próprios como depositários do saber.Uma destas conclusões é que este mesmo saber em que estamos lançados nos foi induzido por irritação das nossas superfícies físicas e não de outro modo. Aqui temos um pequeno aspecto do saber sobre o saber. Ele não tende, se considerarmos correctamente , a rebater o saber a que se refere. (...)
Uma vez que vimos que no nosso conhecimento do mundo exterior não temos nada para começar senão a irritação da superfície, duas questões se intrometem -uma má e uma boa -A má, que acaba de ser rejeitada , é a questão sobre se, afinal, existe realmente um mundo exterior. A boa é esta: donde provém a solidez da nossa noção de que existe um mundo exterior? Donde provém a nossa persistência em representar o discurso como sendo de alguma maneira sobre uma realidade, e uma realidade pra além da irritação?

W.V Quine, Filosofia e Linguagem,Asa, Porto, 1995, p.21

terça-feira, junho 01, 2010