No reino dos fins tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem um preço, pode-se pôr em vez dela qualquer outra como equivalente; mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e portanto não permite equivalente, então ela tem dignidade.
O que se relaciona com as inclinações e necessidades gerais do homem tem um preço venal; aquilo que, mesmo sem pressupor uma necessidade, é conforme a um certo gosto, isto é a uma satisfação no jogo livre e sem finalidade das nossas faculdades anímicas, tem um preço de afeição ou de sentimento; aquilo porém que constitui a condição graças à qual qualquer coisa pode ser um fim em si mesma, não tem apenas um valor relativo, isto é um preço, mas um valor íntimo, isto é dignidade.
Ora a moralidade é a única condição que pode fazer de um ser racional um fim em si mesmo, pois só por ela lhe é possível ser membro legislador no reino dos fins. portanto a moralidade, e a humanidade enquanto capaz de moralidade, são as únicas coisas que têm dignidade. A destreza e a diligência no trabalho têm um preço venal; a argúcia de espírito, a imaginação viva e as fantasias têm um preço de sentimento; pelo contrário, a lealdade nas promessas, o bem querer fundado em princípios ( e não no instinto) têm um valor íntimo.
Immanuel Kant, Fundamentação da Metafísica dos costumes, Ed.70, Lx, 1997
12 comentários:
Na "Fundamentação da metafísica dos costumes", Kant buscou demonstrar que a dignidade da pessoa humana adviria da soma da autonomia do ente racional para a formulação de princípios morais universais, com o facto de o ser humano não ter preço, eis que deve existir enquanto fim em si mesmo e jamais como instrumento para a satisfação dos interesses.
Camila Tuler, nº1 10ºD1
"(...)a moralidade, e a humanidade enquanto capaz de moralidade, são as únicas coisas que têm dignidade."- tese
"No reino dos fins tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem um preço, pode-se pôr em vez dela qualquer outra como equivalente; mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e portanto não permite equivalente, então ela tem dignidade. (...)Ora a moralidade é a única condição que pode fazer de um ser racional um fim em si mesmo, pois só por ela lhe é possível ser membro legislador no reino dos fins."- argumentos
Patrícia Gonçlves nº24 10ªB
Tese 1: Quando não há preço que chegue para uma "coisa", então essa "coisa" tem dignidade.
Tese 2: A moralidade e a humanidade são as únicas coisa que possuem dignidade.
Argumento 1: o que está relacionado com os gostos humanos, mesmo que não sejam estritamente necessários para a sua sobrevivência, possui um preço. tudo acima de isso tem dignidade.
Argumento 2: A moralidade e a humanidade (enquanto moralidade) são as únicas coisas que podem ter um fim em si mesmas.
Miguel Santos, Nº22 10ºB
Camila: essa ideia do homem ser um fim em si e como tal ter dignidade porque tem a capacidade de legislar sem querer oter qualquer satisfação material com essa lei.exacto.boa avaliação.
Patrícia: O argumento principal dessa tese é o que segue(...) ora a moralidade...
A tese está correcta, argumento deveria ser seleccionado.(parte correcta, parte desnecessária)
Obrigada pela participação.
Miguel: Correcto, excepto o argumento 2 que está incompleto, falta-lhe uma justificação: porque o ser racional faz as suas leis sem qualquer finalidade, isto é sem querer com ela obter qualquer outra coisa senão a obediência à lei e aos valores morais, logo o ser moral não tem preço, mas dignidade(tese).
Obrigada pela participação.
Argumentos:«No reino dos fins tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem um preço, pode-se pôr em vez dela qualquer outra como equivalente; mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e portanto não permite equivalente, então ela tem dignidade.»
Tese:«(...) a moralidade, e a humanidade são as únicas coisas que têm dignidade.»
Daniela Francisco nº6 10ºB
Tese 1: “(…) a condição graças à qual qualquer coisa pode ser um fim em si mesma, não tem apenas um valor relativo, isto é um preço, mas um valor íntimo, isto é dignidade.”
Tese 2: “(…) portanto a moralidade, e a humanidade enquanto capaz de moralidade, são as únicas coisas que têm dignidade.”
Argumentos 1: “O que se relaciona com as inclinações e necessidades gerais do homem tem um preço venal; aquilo que, mesmo sem pressupor uma necessidade, é conforme a um certo gosto, isto é a uma satisfação no jogo livre e sem finalidade das nossas faculdades anímicas, tem um preço de afeição ou de sentimento.”
Argumentos 2: “Ora a moralidade é a única condição que pode fazer de um ser racional um fim em si mesmo, pois só por ela lhe é possível ser membro legislador no reino dos fins (…)”
Diogo Mendonça, nº7, 10ºB
Tese 1: 'Quando uma coisa tem um preço, pode-se pôr em vez dela qualquer outra como equivalente; mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e portanto não permite equivalente, então ela tem dignidade.'
Tese 2: '...a moralidade, e a humanidade enquanto capaz de moralidade, são as únicas coisas que têm dignidade.'
Argumento 1:
Está tudo relacionado com os gostos pessoais. A Afectividade que os donos dessas coisas exercem sobre elas. Logo, quando dizemos que algo não tem preço, estamos a referir-nos a dinheiro, pois essa coisa tem um valor sentimental.
Argumento 2:
A moralidade e a humanidade não têm preço mas sim dignidade porque apesar de existirem leis para os indívidos cumprirem, só depende destes para estas sejam cumpridas.
Mariana Espírito Santo, nº21 10ºB
tese 1: "No reino dos fins tudo tem um preço ou uma dignidade"
argumento 1: qualquer coisa tem um preço, isto é, pode arranjar um substituto, mas aquelas coisas que têm um valor sentimental ou afectivo e que, por tanto, não podem ser substituídas, são dotadas de dignidade.
tese 2: A Moralidade e a Humanidade (enquanto for dotada de moralidade) as únicas coisas que têm dignidade.
Argumento 2: No mundo dos fins, apenas os seres que que são racionais podem ser membro dos legisladores deste reino. Apenas o que é o bem-querer fundado em princípios, proveniente de racionalidade e de ética e moral, tem um valor íntimo logo não pode ser substituido por qualquer outra coisa, tem dignidade. apenas os homens dotados de moralidade possuem dignidade.
João Macara 10ºB nº15
Tese - "(...)Quando uma coisa tem um preço, pode-se pôr em vez dela qualquer outra como equivalente; mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e portanto não permite equivalente, então ela tem dignidade.(...)Ora a moralidade é a única condição que pode fazer de um ser racional um fim em si mesmo, pois só por ela lhe é possível ser membro legislador no reino dos fins."
Maria Sequeira nº19 10ºB
Tese1:
No reino dos fins tudo tem um preço ou uma dignidade.
Argumento1:
Quando uma coisa tem um preço, pode-se pôr em vez dela qualquer outra como equivalente; mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e portanto não permite equivalente, então ela tem dignidade.
Tese2:
(...) a moralidade, e a humanidade enquanto capaz de moralidade, são as únicas coisas que têm dignidade.
Argumento2:
Ora a moralidade é a única condição que pode fazer de um ser racional um fim em si mesmo, pois só por ela lhe é possível ser membro legislador no reino dos fins.
Sara Crucho 10ºB nº28
Tese 1: Quando não há preço que chegue para umas "coisas", então essas "coisas" tem as suas dignidades.
Tese 2: A moralidade e a humanidade são as únicas coisa que possuem dignidade.
Argumento 1: o que está relacionado com os gostos humanos, mesmo que não sejam estritamente necessários para a sua sobrevivência e possui um preço. E tudo a cima de isto tem a sua dignidade.
Hugo Almeida Nº12 10ºB
Stora esqueci-me do argumento 2.
Mas aqui vai :
Argumento 2 : A moralidade nem a humanidade não têm preço mas a dignidade tem porque apesar de existirem algumas leis para os seres humanos cumprirem, só depende destes para estas sejam cumpridas.
Hugo Almeida Nº12 10ºB
Enviar um comentário