quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Não é só a razão mas também o sentimento que nos leva a agir moralmente.

Dorothea Lange, Funeral Cortege : End of an Era in a small valley town



Mas, embora a razão baste, quando está plenamente desenvolvida e aperfeiçoada, para nos instruir sobre as tend~encias nocivas ou úteis das qualidades e das acções, não basta, por si própria, para produzir a censura ou a aprovação moral. A utilidade não é mais que uma tendência orientada para um certo fim; se o fim nos fosse totalmente indiferente, sentíriamos a mesma indiferença pelos meios. Um sentimento deve necessariamente manifestar-se aqui, para nos fazer preferir as tendências úteis às tendências que trazem dano. Esse sentimento não pode ser senão uma simpatia pela felicidade dos homens ou um eco da sua desgraça, pois que tais são os diferentes fins que a virtude e o vício tendem a promover. assim, pois, a razão nos aclara acerca das diversas tendências das acções e a humanidade faz uma distinção em favor das tendências úteis e benéficas.


David Hume, Investigação sobre os Princípios da Moral

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